sexta-feira, 29 de julho de 2011

Meu relato pessoal sobre a subida ao Pico da Bandeira

Amigos!

Neste fim de semana, tive a honra de subir o Pico da Bandeira.

Vou relatar e dividir minha experiência com vc’s.

Na verdade esta subida ao Pico da Bandeira iniciou em 2008, quando tive a oportunidade de ir a um encontro de Circuitos Turísticos em Alto Caparaó. Lá pude conhecer o Parque Nacional do Caparaó na Serra do Caparaó divisa entre os municípios de Ibitirama - Espírito Santo, e Alto Caparaó - Minas Gerais.

Quando chequei ao parque pude constatar a beleza do local e soube que estava bem perto do Pico da Bandeira o terceiro maior pico do Brasil, 2892 metros de altitude, ai eu estabeleci uma meta, “voltaria e conheceria o Pico da Bandeira”.

Três anos depois e 12 quilos perdidos, nos últimos 6 meses andando em media 90Km por semana de Bike e diversas caminhadas (http://www.endomondo.com/workouts/17340517 ), registradas no meu iPhone / Endomondo, consegui conquistar o Pico da Bandeira em 24 de Junho de 2011.

Estava acompanhando do meu amigo Marcelo Rother (http://www.facebook.com/marcelorother ) e diversas outras pessoas de Belo Horizonte e Rio de Janeiro, coordenados pelo Bruno ( http://www.facebook.com/profile.php?id=100001844005180&sk=wall gente muito boa!!!) e seus amigos da Aeronáutica.

Ai vai meu relato:

Sai de Santos Dumont sábado as 5h, debaixo de uma fina garoa, peguei meu amigo Marcelo Rother em Juiz de Fora as 5:40, conversamos muito durante a viagem, quem conhece o Marcelo sabe!!! Rs.

Ele não tinha comprado gorro e luvas, olha que o Bruno fez o dever de casa certinho, enviou a lista de tudo que precisaríamos, mas quem conhece o Marcelo sabe!!! Rs

Chegamos em Alto Caparaó as 10h, fomos almoçar, fazendo hora, já que o Bruno iria chegar somente a tarde.

As treze horas estávamos montando nossas barracas, na Tronqueira 1190m de altitude, o Marcelo me gozando por eu ter levado mala, tenda, caixa de ferramentas, etc...

Ainda estava chovendo, encontrei o Bruno as 16h, depois das apresentações, busquei a tenda para montar, está vendo Marcelo!!! Rs

Quando escureceu o frio foi chegando e a garoa continuando, ficamos em volta da panela de sopão, conversando fiado e torcendo para a garoa ir embora. Assim que terminamos a sopa, o tempo começou a abrir e decidimos nos encontrar para tomar o toddy quente para atacar o cume as 22:30h.

23:00h iniciamos a preparação para a subida, depois do toddy bem quente (nossa estava quente), iniciamos a caminhada as 0:00h.

Até o Terreirão foi tranquilo, poucas subidas, o que mais atrapalhou foi o grande número de pessoas, já que uma Igreja e alguns escoteiros resolveram sair no mesmo horário, mas fomos ultrapassando e ajudando algumas pessoas do grupo com mais dificuldade.

4 km de caminhada depois chegamos no Terreirão, 2375 metros de altitude, descansamos um pouco e resolvemos atacar o cume.

Ai que o bicho pega, são 4,5 km de subida, e os últimos 1000 metros, é uma inclinação de tirar o folego, mas chegamos ao cume 2892 metros de altitude, as 4 horas, que frio!!!

Todos estavam procurando um lugar para encostar e quebrar o vento encontrei um espaço entre duas pedras, parecia meu número, fiquei ali entre as pedras e coberto por uma capa de chuva preta, que havia levado prevenindo contra a chuva e diversas pessoas passavam por ali e diziam “tem gente aqui”, fiquei ali até as 5:30, quando o Marcelo me chamou, pois o sol já estava nascendo.

Muito frio, muito frio, o termômetro / anemômetro que levei marcava 0 graus e vento de 15 Km/h de rajada, nossa muito frio!

Mas era tudo muito lindo, em alguns momentos o sol aparecia entre as nuvens e o próprio movimento delas era maravilhoso.

Fizemos algumas imagens e as 6:30h resolvemos iniciar a descida, nossa quanta gente com dores, bolhas nos pés, parando a todo momento, já que a descida não é tão fácil como se presume, mas as 10 horas já havíamos percorrido os 8,5 Km e estávamos de volta ao acampamento base a “Tronqueira”.

Descansamos um pouco e às 11 horas e debaixo de uma garoa iniciamos a desmontagem das barracas, despedimos da turma e 12:00 pé na estrada rumo a Santos Dumont, graças a Deus uma viagem de volta tranquila, chegando em casa as 16h.

Uma excelente experiência, mas fizemos tudo dentro da técnica e acompanhado pelo Bruno que além de ser uma ótima pessoa é um experiente guia, inclusive já estamos planejando outras aventuras, pois gostei de fazer a caminhada.

Álbum de fotos:

Alto Caparao julho 2011 - Pico da Bandeira




Abaixo os versos que o Bruno escreveu sobre a aventura:

Nem bem acabara um dia e o outro já começaria. Tudo pronto, a van chegou! E chegou também mensagem de quem abandonou... E quem tá ligando? É quem ainda tá esperando. E na estrada agora estamos. Hora do Xixi, do café, do pão de queijo, mas cadê o pão de queijo moça? Isso aqui né Minas não??? Volta para a estrada seu moço. E Dorme, e acorda, e dorme de novo. Muita calma meu povo. Monlevade, Realeza, Manhuaçu, Manhumirim, foi ficando lá para trás. E é o Alto Caparó que eu quero mais... Tem banco do Brasil não??? "Vão para pra cumê intão"... E "cumemo" bem "dimais"... "Nós na portaria estacionou" e a chuva junto chegou. E a van na subida escorregou, mas lá no alto chegou. O trem tava lotado, então monta as barracas do lado. Mas Tá faltando gente e chega o bonde dos cariocas de repente. Banho gelado quem vai? "Vô dexa pra dispois uai"... Hora de "cumê dinovo", que delícia de sopão gostoso... Esquenta o peito com chocolate e logo-logo pra trilha parte. Tá com frio meu amigo? Então veste um abrigo. No terreirão uma parada, só pra descansar rapaziada... Tá cedo, "vão" ficar mais um tiquinho"? Melhor não, "Vão subir devagarinho intão". E ficou mais frio sô! Foi o vento que aumentou. Tá faltando ar, tá faltando perna e tá faltando ar de novo. O que será que havendo? É o Pico que eu já tô vendo. Vão chegando devagar que é pros 2892 metros alcançar. E quando a altura máxima alcançou, foi aí que o vento castigou e a hora, de passar, parece que parou. Quase tudo congelou... Pé, mão, "oreia". Mas o coração manteve-se quente, batendo forte dentro da gente. Para quem esquentar queria, só o sol ajudaria. E lá vem ele lá, de mansinho a chegar. Anda logo pra esquentar. Do jeito que tava lá, eu queria nele tocar, só pra ver se ajudava a esquentar. Bate palma, assovia, ou apenas espia, porque é outro dia que chegada dele anuncia... E vão parar pra combinar, chegada igual aquela não há! E tá na hora de voltar. Então desce, mas vai devagar, que é para o joelho não estourar. Nós descendo sem parar e, não é que tinha outro povo subindo para lá... De tanto descer sem parar, lá na tronqueira fui parar e mais uma ida ao Pico da Bandeira fui completar... Agora vamos as tralhas arrumar, que é para começar a voltar... Mas antes um café vamos tomar e, o Samuel elogiar. O Caparaó vamos deixar, descendo a serra devagar, que é para o barranco não levar. Vão comer para a estrada pegar. E depois de muito andar, olha lá, vem chegando BH. Mas a ponte tá cheia, então na van nós proseia... E já são quase dez e meia... E o Caparaó, sempre com a casa cheia... Eita saudade que me rodeia.

Por: Bruno Alves de Andrade

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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Pico da Bandeira julho 2011

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Andando de Bike